segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Edgar Allan Poe: Contos de Horror! #MêsDoHorror




Autor(a): Edgar Allan Poe
Avaliação:




Nevermore!
Edgar Allan Poe era um cara sem sorte, ou com uma sorte macabra. Com uma vida rodeada de tragédias, acho, ele acabou juntando uma gama de sentimentos que o inspiraram para escrever toda a sua obra literária.

Poe Nasceu em Boston, Estados Unidos, em janeiro de 1809. Seus pais biológicos eram atores mas sem muitas condições, após seu nascimento o pai sumiu deixando mãe e filho sozinhos. Ela morreu pouco tempo depois, com tuberculose. Poe, então, foi adotado por John Allan, de uma família próspera em Baltimore. O garoto concluiu a escola primária e depois estudou na Inglaterra e, em seguida, na Universidade de Virgínia.

Com o desinteresse de John pelas poesias de Edgar, o jovem escritor fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos até ser dispensado. Quando retornou a família, sua mãe adotiva morreu.

Retrato de Virginia Clem,
 a prima de 13 anos de Poe.
Poe começou a escrever em prosa e passou os anos seguintes trabalhando em revistas e jornais, o que o obrigou a se mudar diversas vezes. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clem, sua prima de treze anos (Pois é...). Em 1845, Poe publicou seu poema O Corvo, que foi um grade sucesso. Virginia morreu dois anos depois da publicação.

Poe começou um projeto para criar seu próprio jornal, mas morreu, aos 40 anos, antes de concluir. Com a causa da morte desconhecida, foi atribuída muitas vezes ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre muitos outros fatores possíveis.

Com tantas perdas em sua vida Poe acabou recebendo grande influência em sua obra. Em poemas e em contos, vemos frequentemente a tristeza de alguma mulher bonita que morreu ou que se foi pra longe.

A tendência dos escritores pelo fantástico, pelo misterioso, pelo macabro. Cultivando na sua obra esses temas, Poe personifica uma das tendências mais marcantes do movimento romântico transplantado da Inglaterra para a América. Poe foi, e ainda é, um grande escritor de horror, suspense e mistério que influenciou uma geração inteira.

Esses foram alguns contos que escolhemos para o mês do horror, vamos falar um pouco deles e mostrar os grandes frutos da mente horripilante de Edgar Allan Poe.

O Gato Preto


Um homem que sempre gostou de animais, desde sua infância, trouxe isso para sua vida adulta. Ele cria um gato totalmente preto e já meio lento da idade. Sempre cuidou muito bem do seu leal companheiro, que o seguia por todo canto, nunca teve problemas. Até que um ódio, um rancor, uma indignação, uma exaltação, uma fúria cresceu dentro dele como uma trepadeira, parasitando e matando-o por dentro. Expressa isso, malíssimo, com quem ele ama. Ou amava.
Pluto - esse é o nome do gato - foi meu bicho e companheiro favorito. Somente eu o alimentava, ele me seguia pela casa aonde quer que eu fosse. [...] Nossa amizade durou, desse modo, por vários anos, durante os quais meu temperamento geral e caráter [...] experimentaram uma alteração para pior. Tornei-me, a cada dia, mais taciturno, mais irritavel, mais sem consideração pelos sentimentos alheios.

A Máscara da Morte Rubra


Em um mundo distópico, onde uma doença repugnante, a Morte Rubra, devasta toda a humanidade. O Príncipe Prospero, determinado a fugir desse horror, se refugia em seu castelo envolto por uma muralha. Consigo, ele leva pessoas da alta burguesia. Prospero confiante de que está seguro, realiza festas com frequência. Celebrações organizadas e enfeitas com ajuda de seu duque, que tem uma grande criatividade. Em sua última festa; a mais elegante, porém, um convidado inesperado surge para celebrar com Prospero e com todos os outros.
A “Morte Rubra” havia muito devastava o país. Jamais se viu peste tão fatal ou tão hedionda. O sangue era sua revelação e sua marca. A cor vermelha e o horror do sangue. Surgia com dores agudas e súbita tontura, seguidas de profuso sangramento pelos poros, e então a morte. As manchas rubras no corpo e principalmente no rosto da vítima eram o estigma da peste que a privava da ajuda e compaixão dos semelhantes. E entre o aparecimento, a evolução e o fim da doença não se passava mais de meia hora.

Berenice


Egeu é um homem que possui uma condição incomum. Ele tem constantes períodos de foco extremo. Ele simplesmente foca sua mente e seus esforços em algo e ali perde-se. Não existe mundo, pessoas, ou nada ao seu redor que o tire a concentração. Ele sempre vivera com sua prima Berenice, uma jovem moça muito vívida e feliz, enquanto Egeu, sempre envolto por seus devaneios, era distanciado do convívio social, o que não o impedia de voltar seu olhar fixo para a prima, que sempre o cativara e tornara-se sua paixão. Contudo, um grande mal acomete a jovem Berenice, desfigurando seu rosto e a tornando um ser fraco. Entretanto, algo de suas antigas feições se conservou; seus belos dentes, os quais jamais sairão da mente de seu primo Egeu. 
É mais que provável que eu não esteja sendo compreendido; mas receio, na verdade, não existir nenhum modo possível de transmitir à quase generalidade dos leitores, uma ideia adequada dessa nervosa exacerbação de interesse com que, no meu caso, os poderes de meditação (para evitar termos técnicos) se ocupavam e absorviam na contemplação dos objetos, mesmo os mais comuns do universo.

O Caso de Valdemar



Um hipnotista quer completar sua pesquisa sobre a hipnose, porém, falta-lhe completar um último experimento: hipnotizar alguém prestes a morrer. Ele conhece Valdemar, um homem que está debilitado por uma doença e os médicos não lhe dão nem mais um mês de vida. Depois de conversar com o hipnotista, Valdemar acaba aceitando que ele seja hipnotizado quando estiver à beira da morte. Pouco tempo depois o hipnotista recebe um recado, Valdemar irá morrer logo.
Enquanto eu falava, ocorreu sensível mudança na fisionomia do magnetizado. Os olhos se abriram devagar, desaparecendo as pupilas para cima; toda a pele tomou uma cor cadavérica, assemelhando-se mais ao papel branco que ao pergaminho [...] Ao mesmo tempo o lábio superior retraiu-se, acima dos dentes que até então cobria por completo, enquanto o maxilar inferior caia com movimento audível, deixando a boca escancarada e mostrando a língua inchada e enegrecida.

O Corvo


O mais famoso trabalho de Edgar Allan Poe, que remodelou o gênero de terror, traz as bases de uma nova visão do imaginário gótico. Tenebroso e perspicaz, é um relato de amor, perda e despedida; que tornou o corvo, o arauto da morte, da solidão e da melancolia, visão incrivelmente difundida após a publicação do texto. É tido como o ápice da criação de Poe e, sem dúvidas, é um grande retrato do autor, de tudo o que ele passou durante sua vida permeada pela melancolia e a morte. 
Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?”
E o corvo disse: “Nunca mais”.
Edgar Allan Poe é um dos maiores escritores que alguma vez já pisou nesse mundo, tendo a inspiração nas piores situações imagináveis, ele compôs uma obra esplêndida, jamais vista e que lançou a base de todo o horror que temos nos dias atuais. Seus contos e poemas são extremamente profundos e cheios de nunces quanto ao ser humano e sua podridão. Uma visão bastante pessimista, mas cheia de um sentimento e de uma "pureza". Poe, sem sombra de dúvidas, é um escritor que ficará por bastante tempo ainda na memória de todos, perpetuando sua obra e seu sentimento.



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