terça-feira, 20 de outubro de 2015

Manoel Oliveira, autor de A Herdeira de Hélzius #♥LerNoCeará


Quem acompanha o BlankPagers, sabe que estamos participando do Projeto #♥LerNoCeará. Ele consiste na divulgação da Literatura Nacional, mais precisamente, a cearense, durante 9 semanas, sendo que em cada uma somos presenteados com dois autores para conversarmos, conhecermos e por fim, divulgarmos na página. E nessa semana tivemos o prazer de conversar um pouco com dois autores maravilhosos: Manoel Oliveira, que está ganhando repercussão sob o pseudônimo de L.M. Ariviello, com o livro a Herdeira de Hélzius; e a queridíssima Larrisa Barros Leal, escritora do incrível Érica. Entrevistamos os dois e podemos dizer que são pessoas maravilhosas. Larissa já conhecíamos desde a Bienal do Livro do Ceará 2014, onde passamos um grande tempo no estande da Editora Novo Século e conversamos com diversos autores. Manoel, infelizmente ainda não conhecemos bem, nosso primeiro contato foi graças ao #♥LerNoCeará, mas já podemos perceber a pessoa incrível e determinada que ele é. Nessa primeira postagem, entrevistamos Manoel e falamos um pouco sobre o Herdeira de Hélzius, sua estreia como no cenário da fantasia.
Manoel Oliveira é natural de Fortaleza e desde criança sempre quis ser escritor, dando seus primeiros passos na escrita bastante cedo, compondo poesias e peças teatrais. Em 2005, com 15 anos, teve a ideia inicial que daria surgimento à Herdeira de Hélzius. Contudo, somente em 2009, quando ingressou na Universidade Estadual do Ceará (UECE), cursando Letras-Espanhol, que iniciou os trabalhos no primeiro livro da série. Tendo ainda grandes influências de J.K. Rowling, da qual é grande fã, Tolkien, Dan Brown e grandes romancistas brasileiros, como Monteiro Lobato, José de Alencar e Machado de Assis. A Herdeira de Hélzius será uma série de sete livros, mas ainda sem data para a publicação do segundo livro que o autor espera que seja no final de 2016. Entrevistamos ele pelo Facebook, e descobrimos um pouco mais sobre esse incrível autor, além de excelente pai e esposo.



BlankPagers - Quais as principais inspirações para a criação de A Herdeira de Hélzius? 
Manoel Oliveira - Bem, eu comecei a pensar em Hélzius há muito tempo, nem tinha 15 anos ainda na época, mas foi logo no período que minha mente estava fervilhando de fantasia; havia acabado de ver pela primeira vez o filme do Harry Potter, Senhor do Anéis, Van Helsing e acho que isso ficou na minha cabeça. A minha ideia foi criar um mundo onde tudo de todas as mitologias pudesse coexistir. Pouco tempo depois, eu li o Livro de Ouro da Mitologia Grega e logo As Crônicas de Nárnia, acho que foi o que complementou tudo. Foi quando decidi estudar mais sobre fantasia e mitologia e a história foi tomando forma. 

BP - Deu pra perceber que o livro teve uma ótima recepção e está recebendo boas críticas na internet. Qual a sensação de ver o seu livro com uma aceitação tão boa do público? 
Manoel - É gratificante. Apesar de ele não ser tão conhecido ainda, mas até agora as pessoas que leram, gostaram. Isso é muito bom, porque eu demorei tanto criando tudo e estou vendo que valeu a pena. 

BP Existe uma identificação entre autor e personagens? Você se baseou em alguém para criá-los? 
Manoel - Eu sou um pouco de três personagens: Alana, Olavo e Íris. Não foi intencional, na hora que os criei, eles “roubaram” um pouco de minha personalidade. No geral eu não me baseie em ninguém, porém no terceiro livro há uma versão de três antigos colegas meus da escola e uma versão minha também, eu falei com eles na época da escola e criei os personagens pensando neles, em nós, na nossa amizade na época. Mas só vamos aparecer no terceiro livro. 

BP Sendo professor, a gente sempre se pergunta um pouco como o autor concilia os tempos para escrever e planejar as aulas e tudo mais. Além de tudo você é pai. Como você faz pra por ordem nisso tudo? 
Manoel Bem, meu trabalho como professor fica na escola na maioria da vezes, lá eu tenho tempo para resolver tudo, planejar e corrigir atividades e trabalhos. Vez ou outra que levo trabalho para casa, geralmente por causa do meu trabalho como escritor, por ter saído para algum evento, algo assim. Então um acaba entrando no espaço do outro. Quanto a família, tenho que dar muita atenção a minha filha, principalmente por causa da idade dela. Mas ela costuma dormir cedo e minha esposa é muito compreensiva, então uso as noites para escrever, não consigo em todas elas, até por que tenho que dar atenção a minha esposa pelo menos em um dia da semana e às vezes tenho que ler, pesquisar, estudar. E também há momentos que tenho preguiça e não faço nada. 

BP Nas primeiras páginas a gente dá de cara com “Esqueça tudo que você sabe sobre magia. Ao ler esse livro, embarcará rumo ao desconhecido. Em Hélzius tudo é diferente”. Um tanto ousado para uma estreia. De onde vem essa coragem, essa força pra meter a cara a tapa e publicar um livro de fantasia, um cenário saturado de histórias? 
Manoel Eu pensei em colocar esse texto para anunciar que minha história é diferente, eu não sigo as “regras” de muitas histórias de fantasia, as fadas são diferentes, os vampiros, os dragões... Eu busquei me diferenciar justamente para não escrever a mesma coisa que muitos já fizeram e acredito que tenha conseguido de certa forma. Quanto a coragem que você se referiu eu não sei se tenho, só tenho um sonho e sigo ele. 

BP Sabemos que você tem uma filhinha, muito linda por sinal. Vamos imaginar que ela lê seu livro e chega pra você: "Papai, sinto muito mas não gostei nada do seu livro e a Alana é uma boboca" Qual seria a sua reação imediata? 
Manoel - Deixar ela de castigo! Rsrs! Não, brincadeira, na verdade eu nunca pensei muito sobre isso, mas se ela dissesse isso eu ia perguntar por que, e ia ouvir a opinião dela como a de todos que leram ou lerão o livro.

BP Se você pudesse escolher um personagem favorito dentro do teu livro, qual seria e porquê? 
Manoel - Eu amo todos eles, sério, não é algo que todos dizem, eu amo porque conheço suas histórias e motivações, até dos vilões, então não há um preferido, mas há uma maior identificação com o trio que “roubou” minha personalidade, mas eu gosto de todos eles. 

BP Como sabemos, a Herdeira de Helzius será uma série, já tem uma previsão de quando será lançado o próximo livro? Tem como falar um pouquinho sobre os planos para o futuro da série e dos personagens? 
Manoel - Não há previsão ainda, pois estou escrevendo. Mas espero que até o final do ano que vem esteja sendo lançado. Bem, quanto ao futuro da série, eu planejei sete livros, sei o que vai acontecer em cada um deles, a história e os mistérios vão sendo revelado aos poucos. No segundo algumas questões que ficaram em aberto no primeiro já serão respondidas e outros mistérios surgirão. Há ainda mais personagens interessantes para conhecer e alguns deles serão muito importantes e vamos saber mais sobre os personagens que já conhecemos e as histórias de alguns são surpreendentes. 

BP Desde o lançamento do livro e o início da repercussão, mudou algo na rotina? Começaram a a te reconhecer nos lugares? Enfim, essa carreira de escritor já te impactou de alguma forma? 
Manoel - Na rua não, rsrs, mas mudou a rotina por causa dos eventos e das “obrigações” por que agora eu não estou mais escrevendo só pra mim, o livro já foi lançado e as pessoas cobram o próximo, então há essa pressão, além da pressão de não decepcionar. Além disso, vez ou outra recebo mensagens dos leitores dizendo que amaram o livro e que é um dos melhores livros que já leram, eu fico meio lisonjeado, mas tento não ficar me “achando” ou essas coisas porque sei que isso é a opinião de uma pessoa e não quer dizer que o livro é perfeito ou o melhor livro da literatura nacional, rsrs. Eu acho que ainda não fui impactado, às vezes acho que minha ficha nem caiu ainda. 

BP Se não for invasão, rsrs, sempre me perguntei o porque de alguns autores adotarem pseudônimos. Agora vou aproveitar e perguntar a você, por que usar um e de onde ele surgiu, há algum significado ? 
Manoel - Não é invasão, rsrs. Adotei o pseudônimo por achar que meu nome não “combinava” com fantasia. Então pensei em criar algo que tivesse a ver com meu nome, por isso fiz uma homenagem a meu avô paterno: Luis, pois meu nome: Manoel, já é uma homenagem a meu avô materno, então ficou: L.M. e meu sobrenome, Oliveira, eu embaralhei, fiz um anagrama e ficou Arivielo, para finalizar eu coloquei um L a mais para dar mais efeito e por influência da minha segunda língua, o espanhol, então ficou L.M. Ariviello. 

BP Na tua opinião, quais seriam as maiores dificuldades e prazeres da vida de escritor no Ceará e no Brasil.
Manoel - A dificuldade vai de lançar até divulgar, as editoras não confiam nos “novatos”, a não ser que seja famoso ou tenha dinheiro. Mas o maior prazer é quando alguém chega até você dizendo que leu seu livro e que gostou, isso compensa tudo. 

BP Gostaríamos de saber quais os seus livros e autores favoritos. 
Manoel - Eu amo Harry Potter! E leio tudo o que a J.K. Rowling lançou depois dele. Gosto das Crônicas de Nárnia, já tentei ler Tolkien, mas por falta de tempo na época abandonei. Adoro Dan Brown e já li quase tudo dele, falta só Ponto de Impacto. Eu tento acompanhar as sagas da “modinha”, mas algumas não dá pra ler. Da literatura Nacional eu fui “criado” por José de Alencar e Machado de Assis, li na escola e gostei, não li todas as obras deles, mas pretendo. Gosto também de Rachel de Queiroz e Memorial de Maria Moura é um dos melhores livros já escritos. Um livro que li “obrigado” na faculdade foi “Cien años de Soledad” (Cem anos de Solidão) e amei, Gabriel Garcia Márquez é um gênio. Mas eu gosto de ler tudo que fala sobre amizade, (amei Extraordinário) e mistério, suspense, gosto de ser surpreendido. 

Por último, pedimos ao Manoel que deixasse uma mensagem ao público e ele escreve sobre a Literatura Nacional e a pouca valorização que o leitor brasileiro dá às obras nacionais. Leiam:
Bem, eu espero que vocês se interessem pelo meu livro e que leiam, pois foi pensado para surpreendê-los e encantá-los. Eu sei que muitos tem preconceito com a Literatura Nacional, tanto os clássicos, como o dessa nova geração, mas eu queria que vocês dessem uma chance, não só pra mim, mas para outros escritores que estão ai também, como eu, tentando encantar e tocar os leitores. Nós queremos só uma chance para mostrar que também podemos escrever livros tão interessantes quanto os estrangeiros. É isso, quem quiser me conhecer mais pode acessar meu face, minhas páginas e pode falar comigo lá que eu vou ter o maior prazer em responder.
Então pessoal, essa foi nossa conversa com o Manoel, um autor que promete crescer muito, assim como tantos outros que buscam o sonho de escrever e encantar as pessoas. Desejamos a ele tudo de mais maravilhoso, uma carreira de sucesso e muita felicidade para toda a família. Com certeza aguardamos ansiosamente pela continuação dessa incrível obra de fantasia, que com certeza vai estar na minha estante e será um presente da minha terra para meus filhos.







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