quinta-feira, 7 de maio de 2015

O oceano no fim do caminho, de Neil Gaiman




"É uma história sobre magia, o poder das histórias e como enfrentar a escuridão dentro de casa um de nós. É sobre medo, amor, morte e famílias. Mas fundamentalmente espero que, na essência, seja um romance sobre sobrevivência" - Neil Gaiman.
O oceano no fim do caminho começa com a angustia de um homem - que o nome não é mencionado - que acabou de perder alguém. Não sabemos quem é essa pessoa mas presumo que seja alguém muito próximo, pois ele não quer falar nem lembrar disso. Querendo espairecer e encontrar um lugar de conforto, pega o carro e começa a dirigir sem rumo. Acaba por ir a sua antiga casa que foi demolida há muito tempo. Dirigindo por perto acaba encontrando uma fazenda que conhecia, indo ate la encontrou um lago. Ficou sentado a olhar o lago, um lago não, um Oceano, como uma onda ele lembrou de tudo. Um Oceano, era assim que ela o chamava.
"Deitei na cama e me perdi nas historias. Gostei disso. Livros eram mais confiáveis que pessoas, de qualquer forma”.
Aos sete anos ele era uma criança onde seus melhores amigos eram os livros, vivia com seus pais em Sunsex, Inglaterra. Com uma vida boa ate seus pais começarem a ter dificuldades financeiras e alugarem seu quarto para um homem. Um homem que apareceu morto no carro da família pouco tempo depois. É com esse trágico acontecimento que ele conhece Lettie, a velha e a jovem senhora Hempstock. Que viviam em uma fazendo no fim do caminho da sua casa. Com pouco tempo eles dois viraram amigos e Lettie começou a mostrar seu mundo para ele, um lugar estranho com criaturas estranhas.

O oceano no fim do caminho foi minha primeira experiencia com os livros do Neil Gaiman. Me surpreendendo com sua escrita e a forma que a historia flui. Sabendo ele como te arrancar da cadeira e te jogar na historia com seus sete anos. Você volta a ver seus bichos-papões e os medos que guardamos na infância. Você como um adulto racional pensa logo "isso é só imaginação dele, coisa de criança", porém, não deixa de ser assustador. Com o decorrer da historia comecei a perceber que isso não importava muito, assim como o nome do protagonista ou de quem era o velório no começo do livro.

Como o Titio Neil diz:
"Um livro é como uma arca do tesouro da memória: apenas por pensarmos nele evocamos o lugar onde o lemos, as circunstâncias sob as quais o lemos, a música que estávamos ouvindo, a pessoa que éramos quando o lemos da primeira vez”.
Com certeza esse livro vai guardar muita coisa minha dentro do seu Oceano.



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